Quem somos nos

O Afro em Nós existe à 4 anos, e foi criado pelos Professor Messias Freitas,Gargamel e Eliete Miranda juntos ministram diversos workshops, oficinas, palestras e debates. Contribuindo para construção cultural e pessoal do artista, com um excelênte resultado alcançado, estamos na nossa 4° edição do workshop de Danças populares denominado "AFRO em NÓS". Onde o Objetivo maior é conscientizar todos os envolvidos e participantes, por meio de manifestações populares que abrangem; pesquisas e estudos de elementos e expressões levadas através dos elementos daqueles que nos antercederam, como:Maculelê, Samba de Roda, Dança Afro, Jongo, Coco, Cacúria, Ciranda, o Tambor de Crioula músicas, instrumentos de percussão, berimbaus, objetos simbólicos e alegóricos da arte popular brasileira. Desta forma, tanto a observação quanto a prática destas artes, leva a multiplicidade de linguagens para constituir uma identidade que permita acrescentar ao repertório tradicional dos participantes e espectadores. Faz com que todos sintam-se orgulhoso da nossa cultura e identidade. É nessa troca que se tece a relação e é dessa relação que se chega à expressão.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Poesia de "Tom Rodrigues" Se for Preciso.

 
 
 
 
 
Se for preciso recomeça tudo de novo
eu crio força pra recomeça de novo
se for preciso controlar o instinto nervoso
superação vem de dentro faria tudo de novo
eu vim do pó do chão barro
...sou feito de carne e osso sou homem sou falho
me quebro como vaso de barro cai
quem disse que um vaso quebrado não presta mais
i si for preciso passar todo perreg de novo
si der repente a plantação pegasse fogo
i si pisa humilhar atacar pedra di novo
agüentaria de novo mais cinquenta chicotadas
agüentaria de novo a mesma estrada
superação corre na veia
me levanto depois da rasteira
meu passado me tornou hoje o que sou
seja bom ou rui meu passado me moldou
faria tudo outra vez apreenderia outra vez
sorriria outra vez choraria faria tudo outra vez

ser for preciso faço oque for preciso
na vida que é preciso fazer improviso
faço oque for preciso
isso se for preciso 
Poesia de Tom Rodrigues, Aluno do Workshop Afro em Nós 2011.

Relatório Sol Miranda, Afro em Nós 2011.

 Por, Sol Miranda
 Workshop de Danças populares e afro-brasileira Afro em Nós.
A participação no Workshop foi de extrema importância para mim. Como amante da cultura afro-Brasileira, acredito que devemos preservar, cultivar e semear nossas raízes, nossas identidades. Vejo-me como um ser em contínua incompletude, o que me faz buscar diariamente novas formas de expressão ou complementos para o que tenho já inserido em minha vida. Estar em contato com a cultura afro-brasileira, para mim, é estar em contato com meus antepassados, com minhas raízes, com minha avó, com tudo o que fez e fará sempre parte da minha vida, mesmo que de forma implícita, ou até mesmo, ainda desconhecida por mim. De todas as manifestações feitas durante o processo, o jongo é a que mais me cativou, mesmo tendo o conhecido anteriormente ao evento, a cada dia que passa sinto conhecer um jongo novo, uma nova forma de dançá-lo, de senti-lo. Não posso negar que em todos os lugares onde tem jongo, eu gostaria de estar também. Mais que uma manifestação cultural representa, em minha vida, meu pezinho no chão, o respeito ao mais velhos, o saber ouvir, o saber respeitar o sim e o não; É acreditar no sobrenatural, no inexistente, no além do que acreditamos ser real. Aprendi muitos movimentos de dança, muitas manifestações que me deixaram encantada, como o coco, a dança afro (neste caso, as técnicas da Eliete), a ciranda (fora as minhas cirandas de criança). Amei ter aprendido o cacuriá, uma dança tão ouvida, tão comentada e eu nunca nem tinha visto sequer uma pequena mostra, fiquei fascinada e lisonjeada de poder participar dessa maravilha que é. Por fim, gostaria de dizer que este tipo de evento é de suma importância para todos nós, brasileiros. É necessária a valorização de feitos como este para acabarmos de fim com o preconceito e a discriminação com a cultura afro-brasileira. Achei super bacana ter conhecido pessoas que nunca tiveram contato com a cultura afro-brasileira antes do workshop. Sei que as sementes foram plantadas nestas pessoas e que a partir delas outras surgirão e assim a cultura irá se perpetuar. Obrigada pelos meses de dedicação e alegria, porque dançar nada mais é que estar em constante alegria.

Atenciosamente,
Sol Miranda
Rio de Janeiro, 15 de abril de 2011.

Afro em Nós Regional F5 Atualizando as raizes

terça-feira, 19 de abril de 2011

Professores!!!!!!

Sérgio Henrique da Silva Silveira - Gerente de projetos, Professor de Capoeira e Maculelê.
Experiente ator Profissional que já participou de 2 (dois) filmes longa metragem (incluindo Tropa de Elite – Direção de José Padilha e Marcos Prado); 7 (sete) produções de televisão (novelas e séries); 6 (seis) peças teatrais (mais recentemente “O Alienista – Machado a 3x4”, dirigido por Guti Fraga, Fátima Domingues e Johayne Hildefonso e “Gota d´Água”, dirigido por Miwa Yanagizawa; 3 (três) peças em que atuou como Diretor Teatral “Histórias Jovens”(2003), Direção Dulce Bressane , “Capoeiragem” do Grupo Nós do Morro (2006) e “Abolição” do Grupo Nós do Morro (2005). Professor e articulador na comunidade.
Messias Nogueira Freitas – Produtor cultural Professor de: capoeira, Jongo, Coco, Ciranda, Cacuriá e Tambor de Crioula.
Graduação em Turismo e Hotelaria (Universidade Estácio de Sá),Cursando Pós Graduação na Formação Holística de Base Abordagem transdiciplinar (UNIPAZ). possuí especialização em Gestão Empresarial (SEBRAE), Produção e Gestão Cultural e Produção Musical. Possui experiência Artística em teatro, Confecção e Manipulação de Bonecos e diversas vivências de Capoeira nas principais regiões do País. Desde 2006 atua com preparação corporal, teatral e musical no Grupo Nós do Morro, nas sedes de Austin e Vidigal, abrangendo alunos de 06 até 70 anos. É professor de danças folclóricas e teatro da rede municipal de ensino e professor de capoeira em escola particular. Atua como voluntário em diferentes instituições do terceiro setor como professor de Capoeira para crianças e adolescentes. Pesquisador de danças folclóricas no sudeste e nordeste do país idealizou e dirige o “Afro em Nós”.


Eliete Miranda
Formada em dança pela Universidade Federal da Bahia, a bailarina apresenta a oficina “A arte de dançar afro'', que pretende contribuir para o resgate de aspectos ligados à memória e à ancestralidade, advindos da contribuição dos povos africanos na cultura brasileira. A aula utiliza imagens, movimentos, dança e canto, de forma a despertar elementos afro-brasileiros que nos remetem à memória do povo negro.

"ORGULHO NEGRO"

Trago em mim o orgulho de ser negro, pois os represento.
Brasileiro ! Esse é meu sangue, em parte oriundo de Nação Africana.
Reverencio os Afro Sagrados Orixás, no mais sincero agradecimento,
por honradamente significar o berço original de toda história humana.
Aqui estou, a vos convidar para melhor conhecer nossa cultura,
espero poder demonstrar parte de sua importância em nossa Sociedade.
O Afro em Nós me traz, além da sagacidade, da superação e da bravura,
o incontroverso, maravilhoso e real testemunho da afro genialidade.
Foi filho do solo africano o primeiro homem criado no mundo !
Precursor então, de toda uma gama de conhecimentos diversos.
A ganância e o preconceito escravizaram-no em sofrimento profundo,
e na cor de sua pele, o pretexto da violência, de brancos perversos.
Manifestações populares, com a discriminação, acabaram por se fortalecer.
Nossas lutas e cultos foram disfarçados em danças, de extrema destreza.
Outrora considerada maldita, a Arte Afro perpetuou-se, nada pôde lhe deter.
A tentativa de calar sua voz apenas nos lapidou a alma, a cultura e a beleza.
Nós do Morro & Afro em Nós agradecem a dádiva de vossas ilustres presenças.
Esperamos, saiam daqui satisfeitos, com nosso trabalho de expressão cultural.
O orgulho do Negro é celebrado através de sua história, ritmos e crenças,
e por sua importância impar, na criação de nossa rica identidade nacional.

Marcus Vinicius S. Rocha.  Autor e aluno do workshop 2011.