Workshop de Danças populares e afro-brasileira Afro em Nós.
A participação no Workshop foi de extrema importância para mim. Como amante da cultura afro-Brasileira, acredito que devemos preservar, cultivar e semear nossas raízes, nossas identidades. Vejo-me como um ser em contínua incompletude, o que me faz buscar diariamente novas formas de expressão ou complementos para o que tenho já inserido em minha vida. Estar em contato com a cultura afro-brasileira, para mim, é estar em contato com meus antepassados, com minhas raízes, com minha avó, com tudo o que fez e fará sempre parte da minha vida, mesmo que de forma implícita, ou até mesmo, ainda desconhecida por mim. De todas as manifestações feitas durante o processo, o jongo é a que mais me cativou, mesmo tendo o conhecido anteriormente ao evento, a cada dia que passa sinto conhecer um jongo novo, uma nova forma de dançá-lo, de senti-lo. Não posso negar que em todos os lugares onde tem jongo, eu gostaria de estar também. Mais que uma manifestação cultural representa, em minha vida, meu pezinho no chão, o respeito ao mais velhos, o saber ouvir, o saber respeitar o sim e o não; É acreditar no sobrenatural, no inexistente, no além do que acreditamos ser real. Aprendi muitos movimentos de dança, muitas manifestações que me deixaram encantada, como o coco, a dança afro (neste caso, as técnicas da Eliete), a ciranda (fora as minhas cirandas de criança). Amei ter aprendido o cacuriá, uma dança tão ouvida, tão comentada e eu nunca nem tinha visto sequer uma pequena mostra, fiquei fascinada e lisonjeada de poder participar dessa maravilha que é. Por fim, gostaria de dizer que este tipo de evento é de suma importância para todos nós, brasileiros. É necessária a valorização de feitos como este para acabarmos de fim com o preconceito e a discriminação com a cultura afro-brasileira. Achei super bacana ter conhecido pessoas que nunca tiveram contato com a cultura afro-brasileira antes do workshop. Sei que as sementes foram plantadas nestas pessoas e que a partir delas outras surgirão e assim a cultura irá se perpetuar. Obrigada pelos meses de dedicação e alegria, porque dançar nada mais é que estar em constante alegria.
Atenciosamente,
Sol Miranda
Rio de Janeiro, 15 de abril de 2011.
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